quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Em Portugal não há indústria , nem operários
há apenas funcionários

Ouço e vejo o noticiário da SICNOT e leio o rodapé sobre a Delfhei da Guarda e de Ponte de Sor:- Há não sei quantos funcionários que vão ser despedidos, diz a SICNOT, mas ninguém utiliza a classificação profissional de operários. De acordo com a nossa Comunicação Social, os operários desapareceram da produção fabril e Portugal é um país de funcionários fabris. Na Delfhei produziam-se compoentes para a indústria automóvel, como, p.ex., airbegs. Eram produzidos por funcionários da administração da Delfhei ou por operários especializados? De acordo com esta classificação da vulgata/jornalística em Portugal já não há camponeses, nem pequenos agricultores agrupados na CNA, nem grandes agricultores confederados na CAP. São todos funcionários da agricultura a trabalhar a terra. E os tailandeses contratados para as culturas do Alentejo, também são funcionários agrícolas porque um operariado agrícola de novo tipo apareceu no nosso Alentejo?... Mas já não há operários agrícolas. E os funcionários do Ministério da Agricultura são e fazem o quê?
Os senhores jornalistas têm de ser rigorosos na classificação das profissões e de as ligar aos sectores produtivos. Primário, secundário, terciário...É elementar e aprende-se no ensino secundário... Portugal não é um país indiscriminado e repleto de funcionários. As classes sociais existem...E a luta de classes também!

1 comentário:

Anónimo disse...

O importante é mudar os nomes. O próprio governo adora essa actividade. Veja-se os novos títulos com que prendaram as "contínuas", desculpem, "auxiliares da educação";as "funcionárias administrativas", mais conhecidas pelas "funcionárias da secretaria". Só quem não tem mesmo nada que fazer...Ah! com tanta alteração, não tiveram tempo para lhes aumentar o vencimento...