Trabalho e salário mínimo
O senhor Camilo Lourenço, comentador económico na RTP2, «A cor do dinheiro» e no Jornal de Negócios escreveu neste jornal. «Não é preciso ser doutorado em Economia para perceber que em 2010 os aumentos devem ser nulos: se o custo de vida não sobe, não faz sentido aumentar salários.»
Este senhor, que será apenas licenciado em economia, está de acordo com o patrão da CIP, Francisco Vanzeller, que não quer que os operários e trabalhadores tenham um aumento de 25€ este ano, segundo o contrato em concertação social até 2011 para que o salário mínimo chegasse a 500 €. Falamos de um aumento que ficará pelos 430 €, perto do limiar da pobreza que é de 406 €. Em termos comparativos com 1974/75 o salário mínimo deveria situar-se nos 539 €. Um aumento de 25 € será a catástrofe para as pequenas e médias empresas, que só conseguem exportar com salários baixos (25%), diz Vanzeller.
Estes senhores, patrões e economistas dominantes, em vez de proporem as baixas dos custos de energia da EDP e Galp para as pequenas e médias empresas, também não promovem, nem defendem a concentração nas empresas capazes de exportar com base na inovação e aumento da produtividade. Senhor Vanzeller: o que faz a sua Confederação? Promove a concentração empresarial das pequenas e médias empresas com futuro? Ajuda-as na compra de maquinaria inovadora? Junta sinergias? Sabe em que empresas há que apostar para exportação? O valor acrescentado nas exportações não pode assentar apenas em baixos salários, mesmo que esse valor represente 25% das nossas exportações. Não estamos na China, nem queremos investimentos desses em Portugal como anunciava o ex-ministro Pinho. Senhor Vanzeller, patrão da CIP: mostre estudos e propostas sérias quanto às empresas que exportam, o seu nível de qualificação, o que há fazer para aumentar a sua produtividade com base em novas tecnologias e não na manutenção de salários baixos...
Pergunto ao senhor Camilo e a Vanzeller: Quando a economia estiver em retoma e a inflação for de 6% e o patronato em sede de concertação social apenas conceder 3% de aumento, quais serão os seus argumentos?
O senhor Camilo Lourenço, comentador económico na RTP2, «A cor do dinheiro» e no Jornal de Negócios escreveu neste jornal. «Não é preciso ser doutorado em Economia para perceber que em 2010 os aumentos devem ser nulos: se o custo de vida não sobe, não faz sentido aumentar salários.»
Este senhor, que será apenas licenciado em economia, está de acordo com o patrão da CIP, Francisco Vanzeller, que não quer que os operários e trabalhadores tenham um aumento de 25€ este ano, segundo o contrato em concertação social até 2011 para que o salário mínimo chegasse a 500 €. Falamos de um aumento que ficará pelos 430 €, perto do limiar da pobreza que é de 406 €. Em termos comparativos com 1974/75 o salário mínimo deveria situar-se nos 539 €. Um aumento de 25 € será a catástrofe para as pequenas e médias empresas, que só conseguem exportar com salários baixos (25%), diz Vanzeller.
Estes senhores, patrões e economistas dominantes, em vez de proporem as baixas dos custos de energia da EDP e Galp para as pequenas e médias empresas, também não promovem, nem defendem a concentração nas empresas capazes de exportar com base na inovação e aumento da produtividade. Senhor Vanzeller: o que faz a sua Confederação? Promove a concentração empresarial das pequenas e médias empresas com futuro? Ajuda-as na compra de maquinaria inovadora? Junta sinergias? Sabe em que empresas há que apostar para exportação? O valor acrescentado nas exportações não pode assentar apenas em baixos salários, mesmo que esse valor represente 25% das nossas exportações. Não estamos na China, nem queremos investimentos desses em Portugal como anunciava o ex-ministro Pinho. Senhor Vanzeller, patrão da CIP: mostre estudos e propostas sérias quanto às empresas que exportam, o seu nível de qualificação, o que há fazer para aumentar a sua produtividade com base em novas tecnologias e não na manutenção de salários baixos...
Pergunto ao senhor Camilo e a Vanzeller: Quando a economia estiver em retoma e a inflação for de 6% e o patronato em sede de concertação social apenas conceder 3% de aumento, quais serão os seus argumentos?
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