quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Sobrevivência
 
 Mais uma vez este governo empobrece a vida quotidiana dos portugueses. Trata-se de aproximar um nível máximo de exploração a um nível mínimo de sobrevivência.
Agora este governo vai atacar os vivos-mortos ou os mortos-vivos.
Faz constar que abaixo dos €629 acumulados, não haverá penalizações e também diz que na CGA o Estado paga 50 milhões em pensões de sobrevivência acima de 2.000€.
Parece que haverá uma taxa de 4% sobre todas estas pensões... Faz constar este governo, que tanto estes pensionistas, como os outros a quem também serão descontados retroactivamente, 10% das suas pensões acima dos 1.350 €, representam apenas 3 a 5% do universo dos pensionistas.
Estas duas iniquidades, pretende o governo, estão justificadas porque apenas atingem minorias. Não interessa quem esteja acima ou abaixo de 2.000€. Trata-se de um roubo, uma expropriação a carreiras contributivas de vidas de trabalho e de uma quebra do princípio da confiança cidadão/Estado.
Este governo já ensaiou o conflito social novos/velhos, agora ensaia um conflito social pobres/remediados. Mas tem cagaço para enfrentar a banca ou a EDP... Aqui há colaboração de classe...
Cortar numa acumulação de pensões acima de 629 € é um corte cego. As nossas instituições estatísticas não têm uma grelha de análise sociológica capaz de determinar que camadas sociais serão atingidas por esta anunciada medida.
Quem vive abaixo dos 419 €? Quem ganha 485 €? Qual o rendimento de um pensionista necessário à subsistência mínima do seu agregado familiar com filhos desempregados e netos a sustentar? 629 €? Quantos agregados familiares vivem nesta situação?
Na generalidade, estas propostas governamentais atingem alguns estratos sociais das classes médias e aproximam-nos dos níveis de pobreza. E são inconstitucionais.
Trata-se de empobrecer quem trabalha ou trabalhou e enriquecer o capital.
Mata, mata !

1 comentário:

Alda disse...

Como os políticos se alimentam na "CANTINA DOS POBREZINHOS DOS ANJOS" não têm gorduras. É por isso que não há cortes onde, na realidade, eles devem/deviam/deverão existir