O Estado a que chegámos
O ministro da Economia quer fazer
um despacho que reduza o número de carros e motoristas aos administradores e
directores das empresas e institutos públicos, proposta que teve o acordo de
Marques Guedes, ministro da Presidência e Assuntos Parlamentares, porque «o
esforço de redução da despesa pública é transversal e extensível a outros
ministérios». Todas estas nomeações estarão de acordo com a lei, mas no portal
do governo falta informação sobre despesas de representação.
De acordo com o DN , este governo nomeou 4463 pessoas, 1027 para
gabinetes ministeriais, 1819 para comissões e grupos de trabalho, 1617 para
cargos dirigentes da administração pública.
Qual será a dotação orçamental para todos estes funcionários? 1.500 milhões €?
Destas nomeações saliento 1617
pessoas para cargos dirigentes na administração pública enquanto se introduz o
despedimento no funcionalismo público o que implica instabilidade na função de
serviço de Estado e a consequente subserviência perante o nomeado pelo governo
e porta aberta à corrupção.
Entre fins de 2011 e Março de
2012 saíram da função pública 30548 pessoas (DN ),
a maioria por reformas antecipadas, o mesmo que o governo quer cortar até 2014.
Trata-se apenas de destruir as
funções públicas do Estado, como desde o início o indiciou o fecho da Escola
Superior de Administração Pública.
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