segunda-feira, 22 de junho de 2009

Portugal:o País dos Estudos e dos Observatórios

Parece que em estudos sobre a viabilidade do TGV encomendados a gabinetes de engenheiros/economistas & associados já se gastaram entre 2000 e 2008, 93 milhões de € e não há sequer um projecto de engenharia. Na OTA, em pareceres, sim ou não, de consultores privados, gastaram-se 100 milhões de € e o aeroporto foi para Alcochete. Há também pareceres atribuídos a escritórios privados de advogados sobre isto, aquilo e aqueloutro, como se na função pública não existissem funcionários superiores competentes capazes de emitirem pareceres e decisões. Mas aqui o Estado liberal de Sócrates entra a matar e dá cabo da função pública em nome da reforma da administração e dos interesses privados, que diz serem mais baratos...
Trata-se, afinal, de uma distribuição de interesses entre lobis de gabinetes e escritórios de dominantes/dirigentes ou de dirigentes/dominantes, que apanham as grandes fatias do negócio público na repartição da riqueza. Há depois uma ganga clientelar, que vive em Observatórios disto e daquilo, quando qualquer funcionário público superior e de carreira o poderia fazer.
Não há em Portugal jornalismo de investigação capaz de mostrar as teias destas aranhas. O veneno delas mata!

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