sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Formação profissional e produtividade

A formação profissional vai de vento em popa. O Governo recuperou o ensino profissional, diz o primeiro-ministro. Noventa mil alunos neste ensino... Em que tipo de ensino? Nas Novas Oportunidades em que os alunos escolhem direito na sua maioria? Que escolas verdadeiramente técnicas / tecnológicas foram criadas no ensino secundário? Como tem sido feito o apetrechamento em maquinaria para metalomecânica ligeira, desenho industrial, que gama de computadores para a Contabilidade? Que verdadeiras e actualizadas escolas técnicas foram criadas? Adiante..
Leio que no ensino politécnico a confusão «burrocrática» continua. O Prof. Eduardo Cardoso, responsável pela Escola de Tecnologia e Gestão Industrial (ETGI) do Porto, afirma que a sua Escola e mais sete escolas, com 80% de empregabilidade, estão ameaçadas por instabilidade de financiamento por «não estarem abrangidas no catálogo dos requisitos para concurso» tal como disse Luís Capucha da Agência Nacional para a Qualificação (ANQ). Temos então escolas profissionais subsidiadas por catálogo do ANQ, que determina qual é o mercado conjuntural da empregabilidade e o subsídio às empresas que cumpram em formação profissional esse normativo.
Vivemos em economia centralizada e planificada, senhor ministro da Economia? No mercado e trabalho a oferta e a procura nunca foi previsível. E assim se perde tempo em guerras de alecrim e manjerona.
Li também que os professores/formadores das Escolas de Hotelaria do Estoril, Lisboa e Setúbal não recebem salário desde o início do ano lectivo e são pagos a recibos verdes.
Entre 2000 e 2007, Portugal teve uma taxa média de aumento da produtividade por trabalhador de 0,8% do PIB, uma taxa baixa.
Ensino profissional, aumento da qualificação e da produtividade por trabalhador? O que se passa afinal senhores ministros da Economia e do Trabalho, senhor primeiro-ministro? Solicito à CGTP e à FENPROF um estudo sobre esta situação e, já agora, ao Ministério do Trabalho.

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