Portas não, Portas sim
e Cavaco Silva?
Diz
Portas que é «politicamente incompatível» com a taxa de sustentabilidade das
pensões (TSU), que vale para o Orçamento de Estado (OE) 436 milhões €. Mas
Portas já é compatível com a convergência público/privado e abandona os
reformados do Estado (CGA) de antes de 2005, que são quase 500 mil, ameaçados
por uma convergência com a Segurança Social (RGSS) e um corte retroactivo e
permanente de 10/11% (746 milhões €), que será inconstitucional. O Governo quer
fugir à apreciação do Tribunal Constitucional (TC), quanto ao Orçamento de
Estado (Outubro), enviando o diploma para a Assembleia da República (AR), em
meados de Junho, e a aprovar pela maioria. Mas, esta lei da convergência CGA/RGSS
terá de ser apreciada pelo Presidente da República (PR). Disse o PR, a propósito
da TSU, que «há limites de dignidade que não podem ser ultrapassados». Cavaco
Silva não é Portas. Quer queira, quer não queira, se for coerente consigo
próprio e pessoa responsável, o PR terá de enviar esta lei para apreciação do
Tribunal Constitucional e criará uma crise política. Entre Junho e Outubro os tempos
da política vão ser muito quentes.
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