quarta-feira, 12 de maio de 2010

Exportações, défice e valor acrescentado

Leio no DN/BOLSA, 8MAI, que entre JAN/MAR, as exportações portuguesas subiram 14,6%, enquanto as importações aumentaram apenas 4,6 %.Os números apresentados são genéricos e fechados e refere-se que, retirando os combustíveis e lubrificantes, as exportações também aumentaram em máquinas e equipamentos em 4 %.
Quem exportou combustíveis e lubrificantes? Que empresas exportaram máquinas e equipamentos? Como está a indústria metalomecânica? Em que sectores produz? Ainda pode produzir para o TGV?
Trata-se de medir e saber concretamente quais os contributos de outras empresas tradicionais em inovação/valor acrescentado: têxtil e calçado, vinhos e cortiça. E empresas inovadoras em tecnologia? Qual a sua participação em valor na balança comercial ? Nada se sabe ou é divulgado.
Decomponham a balança comercial e mostrem quais as pequenas e médias empresas que têm capacidade de aumentar exportações para certos nichos de mercado, capacidade internacional de diversificar e vencer nesses mercados.
Senhores deputados, partidos, jornalistas e comentadores economistas encartados: mostrem a este leitor ignorante em que empresas investir e há que concentrar massa crítica para exportar mais em valor acrescentado com base em novas tecnologias e salários altos? Ou querem alta produtividade e salários baixos?
Deixemo-nos de discursos generalistas e demagógicos sobre as pequenas e médias empresas. Há que as avaliar seriamente quanto às suas capacidades de expansão no mercado externo no aumento das exportações e no mercado interno na diminuição das importações.
Quais os sectores e as empresas capazes de investir e progredir no mercado externo?
Quais as empresas e sectores capazes de nos diminuirem as importações?
E não há blablá generalista, mais ou menos economicista e aldrabão, que nos valha…Digam como tentar fazer e façam!

1 comentário:

Anónimo disse...

Aqui está uma boa questão, mas à qual não vejo esperanças de que estes nossos "economistas" e/ou "comentadores" e/ou "jornalistas curiosos" sejam capazes de responder.
É mais fácil falar/comentar generalidades do que ir ao "caroço" das questões...
Alda