segunda-feira, 17 de maio de 2010

Da atalhação dos males

Os trabalhadores pobres comem demais e assim que se lhes aumenta o rendimento disponível comem, comem até fartar e nada fica na poupança na finança. Comem demais e têm de comer menos porque se beberem o leite que antes beberam, ou consumirem os medicamentos que antes consumiram, mantém-se o défice público e há que o diminuir. Portanto, não há leite para os bebés dos pobres, nem medicamentos para os reformados velhos e doentes. Em nome do défice não se nasce, apenas se vai morrendo.
«Eu te atalho/bicho ou bichão/Aranhiço ou aranhão/Sapo ou sapão/Bicho de qualquer feição!/Eu te atalho/eu te minguo, /Eu te corto a cabeça;/ E te furo o coração./ Aqui te atalho, além te mirro…/Aqui te atalho, além te mirro…»

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