quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Os bois e os nomes

Vejo o Frente a Frente de Mário Crespo na SICN entre o educado Saldanha Sanches e a assanhada Paula Teixeira da Cruz. Salientou esta senhora que houve derrapagens financeiras nas concessões de estradas adjudicadas pelas Estradas de Portugal, que foram referidas nos relatórios do Tribunal de Contas, que chumbou duas destas concessões. Mas, perguntada sobre as empresas seleccionadas/chumbadas, Teixeira da Cruz , encolheu a língua e a sanha e recusou-se a referi-las e Mário Crespo, cordato, não lhe recordou, que as empresas responsáveis eram a Mota Engil e a Somague. A recusa do visto assenta num aumento do preço das obras em 120 milhões na Douro Interior (Mota-Engil) e 177 milhões na Transmontana (Somague).e mais uma vez vemos uma conjunção de interesses Governo-empresa pública/gestor público, Almerindo Marques, e a construção civil. Por onde anda a corrupção e o financiamento dos partidos? Ao não nomear as empresas envolvidas nestes cambões públicos/ privados, a intervenção de Teixeira da Cruz acabou por ser folclórica e sem acutilância séria. Não pegou os bois pelos cornos, e nem podia porque ainda não há mulheres a pegar toiros... E nem o PSD é um grupo de forcados!

Sem comentários: