sábado, 4 de julho de 2009

Acabaram-se as pinhoadas... ou a cornadura do círculo

Manuel Pinho já se tinha tornado conhecido por algumas bacoradas políticas:
- «A crise acabou», Out06, quando eram evidentes os sinais da crise...
- De visita à R.P. da China 1. Invistam em Portugal porque «os custos salariais são mais baixos que a média da UE». 2. Na China não há forças de bloqueio JAN07.
- A especulação nas subprimes não afectaria as empresas. A Lehman Brothers faliu quatro dias depois.
- Sapatos há muitos. Ia comprar italianos, mas viu os portugueses...
- Coma Maizena...

O contexto da situação na Assembleia da República

Louçã do BE dizia que não havia mineiros nas minas e Bernardino Soares comentou alto que o que ministro fora fazer a Aljustrel tinha sido entregar um cheque da EDP a um clube de futebol.(Cinco mil €, FEV09). O ministro não gostou da graçola e na sua cabeça meteu os dois indicadores, simulando um par de cornos para o deputado do PCP. Nenhum jornalista perguntou ao ministro o que simbolicamente queria dizer aquele gesto? Seria um convite a uma pega de caras de Bernardino para levar umas boas cornadas? Pensaria o ministro Pinho que estava no Campo Pequeno? «Tás tramado pá!» Chamaria «cornudo» ao deputado? Seriam os cornos do Diabo de um ministro diabólico para o PCP?...
Acontece que o ministro à saída do hemiciclo não se mostrou consciente da gravidade da situação, pois declarou publicamente que «tinha razões para continuar, enquanto estiver a safar postos de trabalho». Este senhor não se demitiu. Foi obrigado a demitir-se!
A inabilidade política de Manuel Pinho foi manifesta a partir de 2008, mas em Portugal a formação de um governo obedece a poucas exigências curriculares dos seus membros. Em Roma havia a exigência de um «cursus honorum» e nos EUA as exigências para se ser membro de um governo são o que são por parte do Congresso.
Em Portugal basta qualquer coisita... que pode terminar num par de cornos!

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