Dos sarilhos do nosso Cardeal-Patriarca...
e de outras coisas
Está um cardeal em conversa informal a falar em procedimentos comportamentais mais ou menos óbvios entre católicas e muçulmanos e é logo apanhado (Fig. da Foz, 13JAN pp) e há conversa para alguns dias de meses (Dom Jerónimo Martins, 18FEVpp) e agora o senhor Yiossuf Adamgy, director da revista Al-Furqan, escreve-lhe um livrinho intitulado «Muçulmanos esclarecem o cardeal Dom José Policarpo».
Eu pecador me confesso, pois ainda não li este livrinho de esclarecimento para o nosso Cardeal-Patriarca.... Acontece que no tempo em que Dom José Policarpo falava circunstancialmente na Figueira da Foz, estavam a ser bombardeadas pelos talibãs no Paquistão escolas primárias que iriam ser inauguradas/frequentadas por meninas. Li também, a este propósito, uma excelente crónica de José Cutileiro no Expresso de 31JANpp, intitulada «Mulher em casa, homem na praça», a referir que no Afeganistão os fundamentalistas atiram ácido à cara das meninas a caminho da escola, que mesmo desfiguradas voltam às aulas. Os talibãs querem estabelecer um regime político teocrático no Afeganistão, como base do Grande Islão e daqui não há que sair, senhor Yiossuf.
Grande obra fez a CIA ao levar Bin Laden para o Afeganistão e expulsar os russos em nome da liberdade dos povos!
O Alcorão ainda hoje não pode ser traduzido, quando a Bíblia o foi no século XVII por razões culturais conhecidas e consequências também conhecidas... Não houve medo de excomunhões... A sociedade europeia com a sua burguesia reivindicativa e nobreza ilustrada mostrou uma grande dinâmica social, cultural e política até chegar à separação Igreja – Estado, voto universal de homens e mulheres. Custou, mas durou e são valores universais absolutos. Hoje no Ocidente não se delapidam mulheres supostamente adúlteras, muito embora a Igreja admita que uma mulher violada em caso de guerra não possa abortar em nome da vida.
Ainda hoje há sérios debates entre concepções mais libertárias da sociedade civil europeia e a Igreja Católica, mas estes debates, em termos culturais e civilizacionais, nada têm a ver com o que actualmente se passa nas práticas comportamentais dos países islâmicos, sejam eles xiitas ou sunitas.
Quanto à educação das meninas e dos direitos das mulheres no Islão, estamos conversados...
e de outras coisas
Está um cardeal em conversa informal a falar em procedimentos comportamentais mais ou menos óbvios entre católicas e muçulmanos e é logo apanhado (Fig. da Foz, 13JAN pp) e há conversa para alguns dias de meses (Dom Jerónimo Martins, 18FEVpp) e agora o senhor Yiossuf Adamgy, director da revista Al-Furqan, escreve-lhe um livrinho intitulado «Muçulmanos esclarecem o cardeal Dom José Policarpo».
Eu pecador me confesso, pois ainda não li este livrinho de esclarecimento para o nosso Cardeal-Patriarca.... Acontece que no tempo em que Dom José Policarpo falava circunstancialmente na Figueira da Foz, estavam a ser bombardeadas pelos talibãs no Paquistão escolas primárias que iriam ser inauguradas/frequentadas por meninas. Li também, a este propósito, uma excelente crónica de José Cutileiro no Expresso de 31JANpp, intitulada «Mulher em casa, homem na praça», a referir que no Afeganistão os fundamentalistas atiram ácido à cara das meninas a caminho da escola, que mesmo desfiguradas voltam às aulas. Os talibãs querem estabelecer um regime político teocrático no Afeganistão, como base do Grande Islão e daqui não há que sair, senhor Yiossuf.
Grande obra fez a CIA ao levar Bin Laden para o Afeganistão e expulsar os russos em nome da liberdade dos povos!
O Alcorão ainda hoje não pode ser traduzido, quando a Bíblia o foi no século XVII por razões culturais conhecidas e consequências também conhecidas... Não houve medo de excomunhões... A sociedade europeia com a sua burguesia reivindicativa e nobreza ilustrada mostrou uma grande dinâmica social, cultural e política até chegar à separação Igreja – Estado, voto universal de homens e mulheres. Custou, mas durou e são valores universais absolutos. Hoje no Ocidente não se delapidam mulheres supostamente adúlteras, muito embora a Igreja admita que uma mulher violada em caso de guerra não possa abortar em nome da vida.
Ainda hoje há sérios debates entre concepções mais libertárias da sociedade civil europeia e a Igreja Católica, mas estes debates, em termos culturais e civilizacionais, nada têm a ver com o que actualmente se passa nas práticas comportamentais dos países islâmicos, sejam eles xiitas ou sunitas.
Quanto à educação das meninas e dos direitos das mulheres no Islão, estamos conversados...
Senhor Yiossuf Adamgy não me tente esclarecer a mim e muito menos a Dom José Policarpo. Na Europa o despotismo absoluto e o esclarecido, já lá vão...Mas vou comprar e ler o seu livrinho...
1 comentário:
Fui alertada para este texto no jornal Público. Espero que seja lido com cabeça, tronco e membros!...
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