domingo, 14 de dezembro de 2008

Olhe que não, «sorjona» Fernanda Câncio

Gostei muito da sua mensagem subliminar, editada na sua crónica de 12 DEZ no Diário de Notícias «Olhem que não, stôres». Lembra Álvaro Cunhal, e insinua que o Nogueira é um comuna malvado, que conduz centenas de milhares de professores às ruas e a greves nunca vistas. Escrevia Câncio em crónica: E dos miúdos senhor? Tratem os professores das criancinhas e limpem-lhes o rabinho, digo eu, coisa que os educadores de infância sempre fizeram...E dos miúdos senhor, quem trata deles? Os seus professores, claro, e os seus pais desde que os seus patrões lhes dêem horas para irem à escola. Esta coisa do «Olhe que não», é velha e serôdia e já não dá para nada nos tempos que passam pelos nossos tempos. Os professores são todos «comunas» e os sindicatos são controlados por quem? Continuando a ler a crónica da «sorjorna» diria que para a «sorjona» as estatísticas limpam mais branco, ou não? Quando Portugal apresenta a nível europeu as estatísticas mais miseráveis em termos sociais, a senhora Câncio vem-nos dizer que os nossos professores estão bem, mas bem podiam estar piores, de acordo com as estatísticas europeias! Deviam trabalhar mais. Quanto pior, melhor. O mesmo dirá a senhora Câncio quanto ao Código de Trabalho: em cima deles, quanto mais trabalho precário melhor! A minha política é o trabalho. E viva Salazar!
A «sorjona» Câncio, que escreve crónicas para o DN e faz reportagens para as TV’S devia convidar professores da Finlândia, Inglaterra, Bélgica e Holanda, fixar-lhes residência em Lisboa e pô-los a dar aulas em escolas de Camarate, Vialonga ou Costa da Caparica com vinte e oito alunos por turma nos sétimos e oitavos anos, ida e volta para Lisboa, todos os dias. Ou pô-los com residência em Barcelos e colocá-los por concurso na Fuzeta /Algarve a pagar gasolina e habitação às suas custas, só para se manterem na carreira. Seria interessante a publicação de entrevistas ou um relatório de estágio destes professores estrangeiros/convidados em Portugal, o que também deveria ser promovido pelos nossos sindicatos.
A «sorjona» Câncio não conhece a vida quotidiana e a realidade profissional dos professores portugueses. Dos seus gastos e desgastes. Meta-se a caminho pelos nossos caminhos e, enquanto o faz, reflicta e cale-se! Publique depois, qualquer coisa de jeito!

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