quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Certificados de Aforro

A alteração ao regime de remuneração financeira dos Certificados de Aforro constitui mais um ataque indecoroso e miserável do Governo às poupanças das classes médias e dos seus idosos. É um ataque indecoroso porque alterou as normas iniciais do contrato entre o Estado e o aforrador ao baixar as taxas de juro dos títulos A e B e miserável por marcar o prémio máximo no final do nono ano, porque congela o investimento do aforrador durante dez anos, quando anteriormente o aforrador podia dispor da sua poupança de três em três meses. Espera o Estado que morra o aforrador. A flexibilidade é para quem? Não sei quanto pagou o Ministério das Finanças aos peritos/consultores para tomar tais medidas, mas os resultados estão à vista: desapareceu um produto financeiro estatal atractivo e competitivo para quem ainda podia poupar. Os Certificados de Aforro não são, ou eram, uma almofada financeira da Dívida Pública e como tal do défice do Estado? Então como é, senhores das Finanças? Se o Governo for uma pessoa de bem, apenas terá de manter o que contratou com os antigos aforradores e se o não fizer trata-se de um roubo. Com estas penalizações/desvalorizações dos Certificados de Aforro pretende-se que estes investidores procurem na banca produtos financeiros alternativos? Do público para o privado, como quer Menezes. As classes médias e os seus aposentados estão hoje financeiramente cercadas.
Meta-se o dinheiro no colchão!

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