terça-feira, 9 de outubro de 2007

Ai Portugal, Portucale, vai pró caralho

Votaram nas eleições directas do PPD/PSD cerca de 32 (trinta e dois) mil militantes /eleitores dos quais cerca de 20 (vinte) mil em Menezes. Vão estes militantes eleger cerca de cem a duzentos delegados a um Congresso, quase sem oposição a um chefe já previamente eleito por uma quase aclamação do povo PPD. Não haverá debate sério no próximo Congresso PPD/PSD. Menezes está à vontade para designar em Congresso a Comissão Política, o Conselho Nacional, o chefe parlamentar... Nas legislativas votaram no PPD/PSD alguns milhões de cidadãos, mas o resultado prático desta eleição representativa é que o poder decisório caiu nas mãos de algumas centenas. Os congressos do CDS são uma mascarada veneziana e os do Partido Socialista mais ou menos a mesma coisa. No PCP vigora o centralismo democrático sem imaginação e no BE temos a imaginação ao Poder. O grave problema da nossa democracia representativa é que votam milhões numa área política central, o chamado «centrão», em que por «força das circunstâncias» a vontade popular vai encolhendo, encolhendo, em favor do Poder político decisório e este vai encolhendo, encolhendo e caindo nas mãos de uma reduzida clique dominante com influências no Poder político.
Estes interesses dominantes encontram-se bem organizados em instituições como a Maçonaria, a Opus Dei, as Ordens Corporativas Profissionais, as Associações Patronais... Estas instituições de cúpula sufocam e manipulam a democracia representativa e tornam os cidadãos, que ainda votam, em autênticos robertos de feira. Em nome disto e daquilo, estas organizações atravessam pela horizontal e vertical a frágil sociedade civil portuguesa.
O caso Portucale é exemplificativo.
Na imprensa publicada, sobretudo no jornal O Público, são irmãos na loja maçónica Convergência (curioso e bem escolhido nome) o actual ministro Rui Pereira, que não esconde a sua filiação, Abel Pinheiro (CDS), o tesoureiro da massa recebida e Marques da Costa, conhecido maçon, que já foi assessor do Presidente Sampaio. São apenas indícios de escutas telefónicas, que nada provam quanto a tráfico de influências, mas a incómoda Ana Gomes diz que é assustadora a promiscuidade política e José Manuel Fernandes, director do jornal Público, pergunta a José Sócrates, se a ele não o espanta o percurso político de Rui Pereira? Pergunta marota. Trata-se de uma Convergência, se calhar até na vírgula, como salientou o advogado Barreiros em entrevista a Mário Crespo. Dirá o Procurador Geral da República que se trata de mais um caso melindroso. João Cravinho dirá que ficou espantado...Portugal é um espanto!
Sílvia Caneco fez para o Público uma recensão crítica sobre o livro Vírgula, Caralho.
Ai Portugal, Portucale.
Portucale vai para a vírgula e Portugal pró caralho.

2 comentários:

Anónimo disse...

Há anos que, em Portugal, se ganha por defeito. Quero eu dizer, porque o outro perde. Quero eu dizer, vamos de mal a pior (os chineses diriam de Mao a Piao...). Quero eu dizer que Sócrates é pior que Santana (por várias razões) e Menezes pior que Sócrates e por aí fora, ainda faltam os que vierem. Quero eu dizer que isto tornou-se uma bandalheira (com bandalhos, sim!), apenas porque o povo consente, gosta. Quero eu dizer que o povo português é intrinsecamente fascista, ignorante, medíocre, rude, bruto, básico e criançola. Quero eu dizer que, com um povo de merda só se consegue um país de merda. De resto, como eu já disse, os que sentem, criticam, vivem o país, assistem ao triunfo dos porcos. Quero eu dizer, dos que se dizem socialistas.

Anónimo disse...

Loures oferece terreno aos leões
PARA A CONSTRUÇÃO DE UM PAVILHÃO

O presidente da Câmara Municipal de Loures mostrou disponibilidade para a cedência de um terreno ao Sporting para a construção de um pavilhão desportivo, caso o clube tenha dificuldade em construi-lo em Lisboa.

"Estamos, à semelhança dos terrenos que vamos cedendo a outras instituições, disponíveis para ceder terrenos para clubes que queiram fazer a prática de desporto não profissional", disse Carlos Teixeira, que é também membro do Conselho Leonino.

Na cerimónia da assinatura de um protocolo com os leões, para a cedência do Pavilhão Paz e Amizade ao futsal, Carlos Teixeira lembrou que "quem irá usufruir em primeira mão desses equipamentos serão os jovens e os cidadãos do concelho de Loures".

"A cidade de Loures tinha pouca vida. Quando joga ao Sporting, a cidade anima-se. Então, quando é um Sporting-Benfica melhor. O pavilhão esgota, há movimento, os cafés funcionam, vendem-se farturas, as pessoas passeiam na rua", referiu.


Data: Segunda-feira, 8 Outubro de 2007 - 20:53
In Jornal Record
http://www.record.pt/noticia.asp?id=760551&idCanal=24