quinta-feira, 21 de junho de 2007

Contradições médicas e sociologia

Uma percentagem significativa de médicos oncologistas serão favoráveis à prática da eutanásia/suicídio medicamente assistido (estudo do Instituto de Oncologia da Fac. Med. U. Porto). Outros médicos em hospitais públicos invocam a objecção de consciência para não praticarem a interrupção voluntária da gravidez (IVC) e em certos hospitais dificultam o que foi aprovado pela Assembleia da República. Atitudes comportamentais que deveriam ser estudadas sociologicamente. Os ministérios da Ciência e da Saúde fazem o quê? E a Ordem dos Médicos? Serão estes responsáveis institucionais capazes de promover um estudo sociológico comparativo destas atitudes médicas? Ou de promoverem um concurso/prémio a qualquer outra instituição que apresente um projecto de investigação sobre esta temática? E o grupo Mello? E a Fundação Mário Soares? E o Montepio Geral? Mecenas não há? Desgraçada sociedade civil, esta.
Triste país este que depende da carolice deste ou daquele investigador para que se detectem e divulguem atitudes comportamentais que são fundamentais para a compreensão das mentalidades médicas existentes e da sua maior ou menor resistência ao progresso científico e à afirmação da liberdade individual.

1 comentário:

Anónimo disse...

E ainda resta saber se os que são objectores de consciência no público se comportam da mesma maneira no privado. E se a lei prevê as discrepâncias, sancionando-as fortemente... Talvez fosse dissuasor de tanta objecção...